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Dia Mundial da Saúde Mental: impacto nas empresas

Investir em saúde mental no trabalho não é custo, é retorno. Veja dicas práticas de bem-estar e como a NR-1 fortalece a gestão de riscos psicossociais

No Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, o debate sobre o bem-estar emocional ganha ainda mais força diante do aumento de casos de transtornos no ambiente corporativo. Para o médico ocupacional e CEO da Aventus Ocupacional, Dr. Marco Aurélio Bussacarini, a data é uma oportunidade para reforçar que a saúde mental não é apenas uma responsabilidade individual, mas também um pilar estratégico para a sustentabilidade das organizações.

“O estresse, a sobrecarga e a ausência de espaços de diálogo impactam diretamente a produtividade, a inovação e a retenção de talentos. Valorizar a saúde mental no ambiente corporativo significa criar culturas mais inclusivas, sustentáveis e humanas, em que os fatores psicossociais sejam tratados de forma estruturada, e não apenas como iniciativas pontuais”, destaca Bussacarini.

Evolução no debate corporativo

O especialista lembra que, nos últimos anos — especialmente após a pandemia —, houve uma mudança significativa na forma como as empresas encaram a saúde mental. O que antes era cercado de estigmas hoje está no centro das agendas corporativas.

“Investir em saúde mental não é custo, é retorno. Esse investimento se traduz em redução de absenteísmo, melhora do engajamento e aumento da produtividade. Já observamos avanços na implementação de políticas estruturadas de prevenção de riscos psicossociais”, afirma o médico.

Ele reforça que empresas que estão iniciando esse processo não precisam, necessariamente, de grandes projetos.

“O primeiro passo é abrir espaços de escuta e reconhecer os fatores psicossociais que impactam sua equipe. Pequenas ações consistentes geram mudanças duradouras.”

O papel da nova NR-1

Em 2024, o debate ganhou ainda mais relevância com a atualização da NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1), que passou a incluir os fatores psicossociais como parte essencial da gestão de riscos no trabalho.

“A NR-1 reforça que a legislação brasileira reconhece oficialmente a importância da saúde mental. Mais do que cumprir uma obrigação legal, trata-se de integrar a saúde emocional ao sistema de gestão, garantindo ambientes mais seguros, saudáveis e resilientes”, explica Bussacarini.

Para apoiar líderes e gestores na aplicação da norma, o especialista lança o livro “Fatores Psicossociais no Trabalho – Para líderes de empresas, Gestores de RH, Profissionais de Saúde SST e Contadores”, que reúne ferramentas para mapear e gerir riscos psicossociais, além de mostrar como empresas que priorizam o bem-estar conquistam vantagens competitivas.

Médico do trabalho: de exames à estratégia corporativa

Outro ponto destacado pelo especialista é a evolução do papel do médico do trabalho.
“Hoje, ele não é apenas responsável por exames admissionais e periódicos. O médico do trabalho tornou-se um agente estratégico na promoção da saúde integral, o que exige atualização técnica, habilidades de comunicação, empatia e articulação com diferentes áreas da empresa”, ressalta.

Dicas práticas para os colaboradores

Além das iniciativas institucionais, os trabalhadores também podem contribuir para fortalecer o bem-estar no ambiente corporativo. O especialista lista práticas simples de autocuidado:

  • Buscar informações sobre saúde mental e fatores psicossociais;

  • Reconhecer o impacto do estresse crônico e prevenir o burnout;

  • Priorizar o sono reparador;

  • Manter uma rotina de pausas regulares;

  • Estabelecer limites saudáveis entre vida pessoal e profissional;

  • Buscar apoio sempre que necessário;

  • Valorizar práticas que promovam bem-estar físico e emocional.

Mensuração: o passo decisivo

Para Bussacarini, falar sobre saúde mental é fundamental, mas não suficiente. É preciso medir resultados.
“Indicadores como absenteísmo, presenteísmo e rotatividade são essenciais para avaliar o impacto das ações e orientar decisões estratégicas. Essa visão baseada em dados fortalece o diálogo entre saúde, recursos humanos e a alta gestão”, conclui.