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Seis em cada dez dívidas negativadas em março foram pagas por consumidores inadimplentes em até 60 dias

Das dívidas de consumidores inadimplidas em março, 62,7% foram regularizadas em até 60 dias do mês de referência.

Das dívidas de consumidores inadimplidas em março, 62,7% foram regularizadas em até 60 dias do mês de referência. Os dados são do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, e mostram ainda, que encargos adquiridos com “Bancos e Cartões” e “Utilities” foram os mais liquidados no período, ambos priorizados por estarem relacionados a serviços indispensáveis, como acesso ao crédito, água, luz e gás.

“A recuperação de crédito no Brasil vem apresentando uma tendência positiva, graças à redução das taxas de juros e ao controle da inflação, permitindo que os consumidores honrem suas obrigações financeiras. O programa Desenrola também desempenhou um papel significativo ao motivar os brasileiros a regularizar suas dívidas em atraso, proporcionando condições de pagamento mais favoráveis. Contudo, é crucial que, após essa reorganização financeira, os consumidores adotem uma postura mais prudente ao assumir novas dívidas e deem prioridade à educação financeira para uma gestão mais eficaz de suas finanças”, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Ainda segundo o indicador, os passivos contraídos em março com valor acima de R$ 10 mil apresentaram a maior taxa de recuperação dos consumidores inadimplentes em até 60 dias após a negativação (78,1%).

“Geralmente vinculadas ao financiamento de casas e carros, por exemplo, as pessoas tendem a honrar compromissos mais elevados de maneira mais cuidadosa para evitar a perda de seus bens” explica Luiz Rabi.

O recorte por regiões apontou que o Nordeste liderou com o maior percentual de dívidas recuperadas em até 60 dias da negativação em março, atingindo 66,6%. Na sequência estavam o Sul (66,2%), Sudeste (61,3%), Norte (59,0%) e Centro-Oeste (57,4%). Ao analisar por Unidades Federativas (UFs) individualmente, a Paraíba apresentou o melhor desempenho (72,8%).