Rua Aureliano Guimarães, 172 - Sala 803, Vila Andrade - São Paulo/SP
  • (11) 4787-4905
  • (11) 4787-4907

Mais do que prestação de serviços...

Uma parceria!

Bom humor derruba dólar e impulsiona alta na Bolsa

Dólar comercial fechou a semana em baixa de 1,28%, cotado a R$ 3,7372 para venda; Bolsa sobe 2,96%

O mercado financeiro reagiu ao anúncio dos novos nomes da equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro, com a cotação da moeda norte-americana encerrando a semana em queda e o índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo, registrando alta no fechamento do pregão.

O dólar comercial fechou a semana em baixa de 1,28%, cotado a R$ 3,7372 para venda, mantendo a tendência de queda nos últimos pregões. A moeda norte-americana ainda acumula uma valorização de 14% no ano em relação ao real.

O ambiente doméstico favorável, que levou o dólar a abrir em queda nesta sexta-feira (16/11), ganhou impulso com a perda de fôlego da divisa americana nos mercados globais ao longo do dia, levando a moeda a fechar em queda de 1,20% frente ao real, aos R$ 3,7384 no mercado à vista. Na semana, contudo, o dólar ficou estável.

Operadores ouvidos pelo Broadcast -sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado -acreditam que o câmbio opera ainda em ajuste após a alta do início da semana, que levou a divisa aos R$ 3,82, em busca de um novo patamar.

"O dólar tenta encontrar um suporte, que deve se manter em torno dos R$ 3,70 a R$ 3,80. Não acho que alguém vá correr o risco de ficar exposto, vendido abaixo dos R$ 3,70, a menos que haja noticiário para isso", aponta um operador.

Internamente, o fator de maior peso no câmbio foi a indicação, feita na quinta-feira, de Roberto Campos Neto para o Banco Central, nome visto pelos investidores como técnico e próximo ao mercado.

O bom humor foi alimentado pela manhã com as sinalizações de que a diretoria atual do BC pode ser mantida e a confirmação da continuidade do diretor de Política Econômica, Carlos Viana de Carvalho, no cargo. Além disso, agradou o anúncio da permanência de Mansueto Almeida à frente do Tesouro Nacional.

BOLSA EM ALTA

O índice B3 terminou o pregão desta sexta (16/11) em forte alta de 2,96%, com 88.515 pontos. As ações das grandes companhias, chamadas de blue chip, seguiram a tendência com Petrobras encerrando a semana em valorização de 2,91%, Vale com mais 1,70%, Itau subindo 3,05% e Bradesco em alta de 4,28%. Os papéis da Eletrobras também fecharam com destaque positivo, com alta de 8,60%.

A alta expressiva do Índice Bovespa, que refletiu o bom humor do mercado com o noticiário político doméstico e ainda se beneficiou de influência positiva das bolsas de Nova York.

O índice já iniciou o dia em terreno positivo, ganhou maior fôlego no período da tarde e fechou aos 88.515,27 pontos, praticamente na máxima do dia, em alta de 2,96%.

A abertura positiva foi determinada por um conjunto de fatores, como a alta dos preços do petróleo e os ajustes nos preços das ações cujos American Depositary Receipts (ADRs) haviam subido com força na quinta-feira, quando o mercado brasileiro não operou.

No pano de fundo estava a repercussão do anúncio de mais nomes para a equipe econômica do governo eleito: Roberto Campos Neto para o Banco Central, Mansueto Almeida, que permanecerá no Tesouro Nacional, e Carlos Viana, mantido na diretoria de Política Econômica do Banco Central.

"O mercado está feliz com os nomes anunciados pelo novo governo, que indica estar comprometido com a agenda de reformas. A manutenção de nomes como o de Mansueto mostra que há a intenção de manter o que de melhor existe na agenda econômica do atual governo", disse Victor Cândido, economista-chefe da Guide Investimentos.

À tarde, o Ibovespa ganhou fôlego extra após a melhora das bolsas de Nova York, que mais cedo caíram. Por lá, os ativos responderam positivamente à sinalização do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que pode chegar a um acordo com a China, que o levaria não impor mais tarifas sobre o país asiático.